quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

astrologia... e o livre arbítrio




Querido Diário,

Preciso falar com você. Urgente!!!

Perdoe-me se serei enigmática ou hermética... é que essa coisa de você não ter mais chaves, e não poder ser escondido no fundo de uma gaveta me incomoda um pouco ... sabe como é... o ser humano é muito curioso... e existem aspectos da alma da gente que não devem ser revelados porque nos desnudam de tal maneira, que tornamo-nos vulneráveis demais... então, nada de nomes e datas, ok?

Depois de alguns acontecimentos, cheguei a conclusão que tenho um grande defeito (que não é o único, claro) ... sou exagerada!! Se estou amando, o faço demais, profundamente. Se desgosto, me transformo num bloco de gélida indiferença ... e isso serve para praticamente todos os aspectos da minha vida. Tudo em doses extras, exacerbadas, maiores que o necessário. Isso se aplica, também, às superstições e suas primas.

Imagine só Diário, que dia desses fiz meu mapa astral (mais uma vez, a responsável é a Divanize). Fiquei intrigada. Afinal, como o fato dos planetas estarem alinhados assim ou assado quando eu nasci pode interferir em quem eu sou?? Sempre fui um pouco cética com relação a isso... mas, ao ler meu mapa me vi todinha retratada, como se o astrólogo me tivesse criado desde bebezinho, e conhecesse todas as minhas manias , inclusive aqueles lados da alma que eu não revelo nem para mim mesma... Incrível...

Foi interessante ter visto lá confirmado o fato de que eu só me sinto plenamente feliz quando estou me doando completamente para algo ou alguém (ahh o exagero) ... e que tenho dificuldade em encontrar meus caminhos se os estou trilhando sozinha.

Descobri esses e outros aspectos que eu já pressentia, mas não tinha certeza; e confirmei outros que eu já sabia ter desde que nasci.

Tudo isso, Diário, é para te explicar que o fato de hoje eu estar me sentindo assim, meio esquisita, mais pra lá do que pra cá, é um dos aspectos que estava escrito nas estrelas... e que essas dualidades, sensibilidades, esses sentires profundos e essas angustias que às vezes sinto também já foram previstas...

O que mais me deixa preocupada é o fato de que algumas coisas parecem pré-determinadas, como um destino quase inescapável ... será?? E o livre arbítrio? Como fica nosso livre arbítrio quando nascemos com um marte em tensão com júpiter, por exemplo? Como aprender a amar com menor intensidade se temos nossa lua em aquario??

O mais surpreendente de tudo foi descobrir que eu tenho um número surpreendentemente alto de possibilidades positivas (afinidades) com alguém que, depois de muuiittoooossss anos de convivência, e por motivos diversos, afastei da minha vida... era, segundo a astrologia, quase uma alma gêmea. Só não sei se isso prova que os astros nem sempre têm razão... ou comprova o fato de que nós, seres humanos, conseguimos estragar - com egoismo, traição, desatenção, e ausência de caridade - até as coisas que estavam (aparentemente) pré determinadas em nossas vidas para serem quase-perfeitas....

... acho que preciso parar de buscar explicações transcendentais para coisas terremas... senão, aqui a pouco vou começar a acreditar em duendes... porque em papai-noel, Diário, eu já acredito!!!

Pois é!!!

2 comentários:

Divanize Carbonieri disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marilia Fatima disse...

... ahhh Di.... eu sei!!! srss mas e o lado dramático do texto, ficaria onde??
Afinal, sem um suspensezinho fica tudo muito chato!!!
Na verdade, fiquei surpresa mesmo!! ... mas depois,pensando melhor, só mesmo muita afinidade para explicar tantos anos juntos, não é??
Beijo!!!